Números inteiros - a história dos números negativos
A origem dos números negativos é antiga, tem-se os primeiros registros na matemática oriental, mais precisamente a chinesa, por volta de 200AC, porém, por muitos anos não foi aceito pela comunidade matemática. Nessa época, os chineses utilizavam muito em relações comerciais, usando cores para distinguir números positivos e negativos.
Os sinais de mais e menos foram observados a primeira vez no livro Aritmética comercial do alemão Johannes Windmann, só que não simbolizavam as somas e subtração e, sim, os déficit e excesso em problemas de comercio. Somente o inglês Robert Record foi quem usou os sinais para positivo e negativo como conhecemos hoje em 1557.
Diofanto ja apresentava os números negativos em seu livro "Aritmetika" no século III, classificando-os como absurdo quando apareciam em resultados, mesmo assim, foi possível observar regras de sinais em meio de seus cálculos algébricos.
Os Hindus, entre os anos 600DC através de Brahmagrupta, fizeram importante contribuição algébrica através da aceitação dos números negativos, porém, apenas no século XVIII é que os números negativos passaram a ser aceito após interpretação geométrica, onde num segmento, do zero a direita, tínhamos os números positivos e a esquerda os negativos.
Segundo o matemático Hermann Hankel (1839-1873) os números negativos não podem ser encontrados na natureza, porque eles não fazem parte da mesma, elas foram criadas artificialmente por homens para relações comerciais, não passando de uma invenção humana, porém necessária. Suas regras são definidas por convenção, sendo responsável por manter a consistência interna da matemática.
Os números negativos são de extrema necessidade atual para relacionar fatos do cotidiano, como por exemplo, nível do mar (estamos a tantos metros abaixo do nível do mar - negativo), temperatura e entre outros.